top of page

Tecnologia e Autismo: talentos que merecem visibilidade e espaço

  • Foto do escritor: Neurismar Araújo - Neuropsicopedagoga da Faculdade Inbec
    Neurismar Araújo - Neuropsicopedagoga da Faculdade Inbec
  • 17 de jun.
  • 1 min de leitura

No cenário digital que transforma a forma como vivemos, aprendemos e trabalhamos, é urgente reconhecer o valor das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Longe dos estigmas, muitos autistas apresentam habilidades únicas que podem se destacar especialmente no setor tecnológico.


Estudos indicam que pessoas no espectro costumam ter alto desempenho em áreas como lógica, programação, matemática, análise de dados e reconhecimento de padrões. Temple Grandin, referência mundial no tema, afirma que “o cérebro autista vê o que os outros não veem”, uma vantagem em campos que exigem atenção minuciosa e pensamento técnico.


A tecnologia, com sua previsibilidade e estrutura lógica, oferece um ambiente favorável para muitos autistas. Além disso, plataformas digitais e recursos interativos vêm contribuindo para melhorar a comunicação e a autonomia de pessoas dentro do espectro.


Do ponto de vista legal, há garantias importantes. A Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com TEA (Lei nº 12.764/2012) e a Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº 13.146/2015) asseguram o direito à educação, ao trabalho e à inclusão digital. Mas ainda existem barreiras entre o que está na lei e o que se aplica na prática.


Muitas empresas seguem despreparadas para incluir a neurodiversidade, e o acesso à qualificação técnica ainda é limitado para muitos jovens com TEA. É fundamental que escolas, universidades, empresas e políticas públicas atuem em conjunto para criar ambientes mais inclusivos.


Mais do que cumprir normas, é preciso enxergar a diversidade como potência criativa. Incluir autistas no setor de tecnologia é abrir espaço para soluções mais humanas, inovadoras e eficientes, um avanço necessário para a construção de uma sociedade verdadeiramente inclusiva.


Neurismar Araújo - Neuropsicopedagoga da Faculdade Inbec

bottom of page